Vulnerabilidades... Uma reflexão!
No quebra cabeça do ser
É só aguçar bem o saber
Que aos poucos irás perceber
As diferenças nas transparências
Do vulnerável ao inatingível
São couraças em forma de máscaras
Nos mecanismos de defesa da dor
É algo muito sutil... Meio vazio
Ao mesmo tempo liberta e aprisiona
Voa... Dá o salto... Ou chumba os pés
De um lado você se torna inviolável
Noutro eis você solto e volátil
Perceba como há seres inalteráveis...
Intransponíveis e inexpugnáveis
Dotados de segurança inquestionável
Seguros de si... Frios e calculistas
Até na forma de amar são autistas
Não expõe às suas vulnerabilidades
Já os transparentes contrastam pela visibilidade
Colocam para fora as suas vísceras
Estão acima das emoções e malícias
Confesso! Não nego a preferência...
Por estes que se valem da consciência
Sem as armaduras ou quaisquer ciências
Parecem mais humanos... Menos imunes
Às regras... Aos proclamas da razão
São como folhas secas lançadas ao vento
Estão entregues ao Deus dará o seu sustento
É aí que se encontram os verdadeiros poetas
Porque sabem que ninguém se basta a si mesmo.
Hildebrando Menezes
Nota: Dedicado à poetisa Ceci