Gosto de vê-lo conduzindo o gado. O rebanho percorre feliz o caminho.
Claro! Você o enfeitou como se fosse uma passagem para o paraíso.
O paraíso é você, que é a perfeição, o absolutismo, o ideal e o grande propósito.
Teu tablado é armado em qualquer lugar onde haja possibilidade de unir gado.
E não é que acerta sempre para tua felicidade ampla, geral e irrestrita?
Tudo bem, tudo certo, assim parece, mas, o teu gado está à beira da morte natural.
Não se devora coisas que morram naturalmente, esqueceu da crueldade?
A crueldade foi e sempre será fundamental para que sacie teu ego, que sabemos, é infinito.
Se não alimentar o rebanho com uma farta dose de capim, não adianta tocar o berrante. Está jogando fôlego para ajuntar moscas, e creia-me, da dengue, o que pode matá-lo.
É a lógica que não é o condutor que servirá de comida de piranha, tudo estaria perdido.
Para te deixar menos sedento, assegurado está que existem espectadores curiosos.
Lá vem o final de temporada, um próximo e inédito capítulo anuncia-se espontaneamente.
Que vienen los toros, nosotros sea muy tolerante, como usted sabe...