SOLIDÃO

Não sei se a solidão lhe dói,

Um coração vazio desgraçadamente destrói a vida,

muito mais que a falta da presença de caras amigas.

Mas se o coração rejeita o que os olhos lhe mostram,

É fascinante experimentar enxergar apenas com a boa vontade.

A solidão não passa desapercebida,

Talvez apenas, quando se sabe um caminho.

Porque como estrada, a vida oferece paisagens muitas,

algumas tão rápidas que não valem uma lembrança.

A solidão transforma, mas também se transforma,

E, como paisagem, desaparece com olhar seguinte,

Um bichinho talvez, algo que se possa amar sem compromisso.

A solidão é rica, sensibiliza, empurra a mente para o discurso interior,

Um inconsciente maravilhoso, expresso em versos.

A solidão é berço, isso quando se quer criar, fazer nascer da alma,

Um sorriso no coração.

Por fim, a solidão é sombra, sempre acompanhada,

Nada mais abstrato e subjetivo...

Sentir-se só, quando muitos lhe pedem ajuda.

Nada mais egoísta, culpar uma pobre solidão,

Pela falta de vontade de simplesmente viver.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 11/04/2005
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