Nada vejo!
Acorrentado na escuridão.
Nada vejo,
Simplismente sinto.
Meu corpo está cheio de bicho.
Eles comem meu coração
Sinto-me na penuria,
Nesta caixa preta
pequena
Sombria.
Cavei minha tumba,
Estou inexpressivo,
extinto.
Jugaram meus pensamentos,
Acorretaram-me junto ao despreso.
Cavei o posso da angustia,
afoguei-me na injustiça do mundo.
Nada vejo,
apenas sinto,
Pois calam meus labios,
furam meus olhos.
Nada vejo!