O Silêncio da Alma
" Às vezes o silenciar, exprime algo hà muito escondido;
O silêncio torna-se a voz do confuso, do esquecido, de quem se apaixonou...
Um ato de silêncio, grita mais alto que mil vozes e trombetas, seu significado é tão profundo quanto sua dor, se requer um ouvido aguçado, afinado, atento para ouví-lo silenciar e dizer tudo...
Entrando no silêncio da alma, voz que inflama o pulsante coração, talvez consigamos entender o significado de suas palavras, e talvez, só talvez possamos atentar para a direção que o silêncio aponta...
Mas... Quem entenderá a alma humana? E mais ainda... Quem a ouvirá?
Somos frutos de sentimentos, vidas lançadas num mundo redondamente quadrado, de vazios essencialmente cheios de nada...
Como transpassar os limites da insanidade que o silêncio traz, sem sequer machucar-se?
Ao nos entregar ao silêncio, optamos por caminhar em uma linha tão tênue, que o real e o ilusório muitas vezes se encontram às portas... Mas como distingüí-los?
Ao entrarmos no silêncio da alma, tentando fazer com que nossos sentimentos não aflorem e com que nossos corações se calem, ferímo-nos por dentro na tentativa que nossa voz não venha a ecoar...
Mas não adianta...Almas afinadas, sentem e ouvem o que o silêncio quer dizer... Aproximando tudo, fazendo com que as formas mais indistintas de vida se unam em nome de um sentimento maior que não se cala, mesmo estando em silêncio, faz ouvir sua voz... Num mundo quadradamente redondo, grande do tamanho de um coração, onde tigres e borboletas brincam ao luar, e não se entregam ao silêncio da alma, pois mesmo que não falem nada ou neguem tudo... O brilho no olhar sempre aparece nos momentos mais inoportunos...
A alma grita através da voz de um silencioso coração..."