Era um tudo muito cheio de nada.

Era um pouquinho do carinho que perdeu a forma de sonhar as margens daquele rio.

Foi o vento que soprou a distancia pra dentro de um peito vazio.

Ela sabia como fugir dos medos, mas não sabia se esconder de elogios.

Uma importância explicada com frases inacabadas que corromperam a minha solidão.

Escondendo olhares atrás de sorrisos, sorrisos atrás de abraços, abraços atrás de suspiros e por fim chegam lagrimas.

Agia como equação sem solução que sabe não ter fim, e muito menos um começo.

É a noite sem lua e estrelas, e um dia sem sol e sem nuvens.

Toda essa falta de tudo, me mudando por dentro e reconstruindo meu mundo.

Aquela velhinha na porta da igreja, derrubando sua fé de bandeja em bandeja.

E a menina do farol é aquela mãe q perdeu os filhos que ainda não tinha.

Era a visão de um cego antigo, que enxergava toda a minha vida e todos os seus perigos.

Minha realidade hoje acordou fantasiada de alegria, pra sorrir todos os dias e me dizer que muito mais vale viver a fantasia realizada e a realidade fantasiada do que viver acreditando que a vida é um grande nada.

Somos caçadores de respostas, pra coisas que nem ao menos são perguntas.

E somos a mente de quem tem medo de criar um novo mundo.