Inverdades

Preciso viver,

Não dá mais para contar estórias,

Enquanto se vive, um outro chão desaba,

É das grandes obras que se tira o ser...

Algo que lhe promete,

Nem sempre lhe sustenta,

Há vidas ao acaso,

Como sonhos ao nascente...

Existir,

É ainda mais que ser,

Ninguém é escravo do presente,

E o futuro, é o que ainda pode acontecer...

As horas são poucas,

E esse pouco nos é contestado,

Não adianta esperar, se não se sabe o que perder,

A vida é um complágio, difícil de se entender...

Existem canções de ninar, como canções do saber...

Seu nome é pouco,

Se você deixa de acreditar,

Que o mundo é grande,

Mas que o grande nem sempre é capaz de criar...

E assim vive a nossa fama,

Um poço de inverdades,

Um coração coberto de lama...