Pertinho do céu

Estou eu sentado aqui em cima, pertinho do céu, olhando o vale onde nasci. Não, não estou morto, nunca me senti tão vivo. Só um pouco sem fôlego, afinal foi uma bela escalada pra chegar aqui na pedra selada, perto do pico das agulhas negras. O horizonte não tem fim visto daqui. Os pensamentos rolam fáceis e vêm a todo instante, me enchendo de sentimentos bons, outros ruins. Pensamentos desde aquela amizade de infância, que dura até hoje, até aquela garota que me marcou, que já não estamos mais juntos ou outra que nunca cheguei a conquista-la. Um riso abre em minha boca acompanhado de uma lagrima que desce leve, lágrima mista: lágrima de saudade, felicidade e tristeza.

É engraçado perceber que daqui de cima vocês aí parecem formigas, frágeis, com vidas corridas e organizadas em agendas, programadas pra fazer aquilo que deve ser feito. Também faço parte dessa sociedade de formigas, mas não Hoje. Hoje só estou rindo de vocês, da gente. Estou aproveitando os segundos com meus amigos aqui do lado que estão pensando, assim como eu. Um olhando para o céu, outro pras nuvens e outro, é, o outro deixa quieto que é meio nojento o q ele acabou de fazer.

Enfim, tantas coisas vem em minha cabeça agora que fica difícil de expressar tudo, mas resumindo e misturando coisas que pessoas famosas disseram (não lembro o nome deles, mas ouvi isso): “Quero visitar esse museu chamado Mundo e entrar em todas as salas chamadas de continentes. Vou conquistar diversos amores de verão e outros eternos, e posso perder mil amores, mas não uma amizade. Porém perco a amizade mas não perco a PIADA!!”