Lembranças
Enquanto houver a distância,
Haverão lembranças,
Sonhos de uma manhã de primavera,
Ou de uma lareira de inverno,
Em qualquer circunstância...
Talvez o outono das folhas voltando,
Ou talvez os banhos salgados de verão...
Seja até mesmo no orvalho reluzente,
Ou no crepúsculo das aves, no horizonte,
Alegrando-nos o coração...
Nas corredeiras frias da fazenda,
ou nas corridas sobre o imenso arado,
Nas cartas de um baralho à venda,
Ou mesmo em um jogo de botões, guardado...
Quem sabe ainda, sobre a noite enluarada,
Em volta da fogueira, um violão afinado,
Fazendo canções para a praia,
Logo depois o silêncio, beirando a madrugada...
Amigos do passado, colegas de trabalho,
Os longos anos universitários,
As festinhas de final de semana, as namoradas,
Romances e afetos guardados...
As ceias de fim de ano,
As árvores de Natal,
As grandes lutas e batalhas,
A família, Filhos e pais,
O bem e o mal...
Enquanto houver a distância,
Haverão lembranças...