Desabafo da alma?
Procuro um amor que não seja familiar. Quero alguém que me ame por inteiro, mas saiba diferenciar meus pedaços. Faça-me rir e chorar. Ame-me e odeia-me. Por que me apaixono pela primeira pessoa que me dá atenção? Será carência? Mas sei viver tão bem sem alguém ao meu redor. Faz tanto tempo que estou assim. Também, nunca procurei relacionamentos duradouros. Achava que deveria curtir mais a vida. Talvez namorar fosse só mais uma fase de minha vida. E não consegui experimentar isso. Hoje, vivo sozinho. Com medo de que possa me apaixonar por alguém e sofrer. O amor não recíproco não é amor. É dor. E é um tipo de dor que acho que não estou preparado para enfrentar. Ninguém nunca deveria. O coração partido leva à loucura. A tristeza e saudade do passado. Mas para quem sente “saudades” do passado talvez não esteja infeliz. Talvez tenha saudades pelo passado ter sido bom. Ah! Mas quem sou eu para dizer isto? As únicas saudades que tenho são da minha infância. Não me lembro de ter gostado de alguém quando era mais novo. E lembro-me de que nunca fiquei sabendo de alguém que sentisse algo por mim. Sempre tive tudo ao meu redor. E vendo hoje sinto que não tenho nada. Nada para oferecer a outras pessoas. A não ser algo como: um ombro amigo, um conselho ou uma advertência. Sou sincero. Combino com todas as pessoas que são meus verdadeiros amigos e digo “Serei sincero. E quero que seja sincero comigo também. Prefiro saber o que as pessoas pensam para eu poder lidar com elas!”. Já briguei com muita gente por causa disso. Mas acho uma virtude do ser humano. Não é apenas “vomitar” verdades na cara de alguém. É dizer o que acha e o que sente. Se um dia encontrar alguém, por quem eu me apaixone, quero que seja alguém sincero. Dizer e pensar o que sente. Pois assim é que conseguiremos ficar juntos. E sempre tendo suas vidas juntas e separadas.