PENSAMENTEANDO 5 (Filosofia existencial)

O que se pode chamar de "ideal de um chiqueiro"? A meu juízo, nas pegadas de Einstein, é tudo aquilo que se coloca como finalidade absoluta cujas raízes estejam na satisfação das mais reles paixõezinhas pessoais. Destarte, primeiro eu, nada além de mim. Tal ética, sem dúvida, vai de encontro aos mais salutares e necessários princípios humanísticos.

Infelizmente, não é outra coisa que se pode encontrar numa forma de organização social onde o ter e o parecer são elevados à categoria de dogmas, de fenômenos sacrossantos. Os resultados mais catastróficos são esses que testemunhamos.

A primeira coisa a se fazer, nesse vil contexto, é instalar um reino de mentirarias banhado por uma espécie de cinismo que cauteriza as mentes e faz brotar um nefasto jogo de faz-de-conta.

Desaparecem, portanto, as referências sociais concretas. O tu passa a ser visto como ameaça, disputa comigo meus desejos e pode ser tão espertalhão como eu. Enfim, se de alguma maneira não eliminá-lo acabarei sendo consumido por ele.

Essa "moral de pocilga" não nos deixa outra saída senão a de chafurdarmos nas lamas ainda que um e outro carreguem nos focinhos as mais lindas pérolas de retóricas socialistas.