Acabou??

Percebo (ou quase...) que não chegou a hora.

E mesmo sentindo que além dos meus olhos, meu peito chora de tristeza, e transbordam lágrimas de desilusão.

Preciso não negar o que sinto, mas me confortar com a decisão do Pai, que tudo sabe e tudo vê.

Preciso crer.

Não penso que devo desistir...

Acontece que não devo insistir agora.

As escolhas de Deus são sempre acertadas.

E, por mais que eu me desvirtue do caminho, Ele jamais me abandona, nunca me deixa sozinho.

E, quando sofro; lamento-me; culpo-me, e até cometo injustiças... Ele me mostra um lindo dia, e me dá possibilidades de renovação; novas estradas a seguir, e me deixa novas janelas, oportunidades escancaradas para eu fazer uma nova escolha.

E Ele torce, para que, dessa vez, eu escolha o caminho certo - que nem sempre é o mais fácil, mas que certamente nunca é o mais difícil, impossível de conseguir...

Vitórias?

Eu as tenho todos os dias... É que às vezes não me dou conta em tempo de comemorá-las. Quando percebo, outras vitórias já chegaram, e não as noto também.

E, mesmo quando penso que não sou ninguém, me sinto um nada; Ele põe na minha vida pessoas mais que especiais; que me fazem querer acreditar em minhas forças; no acerto das minhas escolhas; no aprendizado infinito; nos caminhos intermináveis; e não me deixam esquecer do Deus que a tudo atentamente observa – enquanto blasfemamos, dizendo que ninguém se importa, Ele não desiste de nós - jamais; e Ele sonha junto, às vezes com mais esmero, nossos sonhos (parecendo aos humanos possíveis; "normais" ou não). E estas pessoas, demonstram que tenho importância na vida delas e lugar cativo nos corações. Ele sabe que nem sempre enxergo Seus sinais; vivo meio distraída, então me dá provas cada vez mais fortes de que não sou perfeita, é verdade, mas também não sou a escória da humanidade.

E eu, apesar de achar bonitinha a música Epitáfio, sei que não serei protegida pelo acaso me mantendo distraída. Tenho que ter sim muita atenção, perceber os sinais; agarrar-me as oportunidades.

Preciso ter maturidade, não criando demasiadas expectativas, e sabendo quando devo desistir; e, ou quando devo resistir, insistir e lutar. Preciso aprender o que realmente importa; notar que quando uma porta é fechada, nem sempre o mundo acabou, há outros portões e janelas se abrindo. E, ao invés de querer me trancar na concha; largar as armas; desistir de tudo; sumir no mundo; preciso levantar do chão, limpar minhas vestes, empunhar minha espada novamente, e tal qual fênix ressurgir das cinzas; iniciar a nova batalha, com mais força; experiência, fé em mim e no Divino. Preciso utilizar tal qual cartas na manga, as minhas falhas, que não deverão ser repetidas; os meus antigos erros, que agora serão acertos; meus caminhos tortos na minha memória, para que eu não os percorra novamente, e perdida, como Alice; e, minhas feridas como a lembrarem de quantas guerras eu já participei, e que não foram poucas as que eu venci, ou sobrevivi...

O problema é que ainda estou cega, insistindo os mesmos erros, desistindo dos acertos, descrente nos espelhos da minha mente, onde guardo toda essa teoria; mas para que eu atinja um terço disso tudo, requer ainda muita prática, treino e disciplina...

Mas me finjo ainda uma menina, e não me comprometo com essas que sei, são verdades, que os anjos amigos trazem iluminando a minha mente, acalmando meu coração, e eu, toda "prosa", coloco no papel, pensando serem minhas esses ideais e idéias fantásticas... Que depois de uns minutos, sinto meu coração já mais tranquilo, e o que escrevi, já esqueci no baú...

nouvellelune
Enviado por nouvellelune em 19/06/2008
Reeditado em 20/06/2009
Código do texto: T1041057
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