O sono da alma
Há ares de intensa vida nas ruas da cidade,
Corpos, almas e mentes
Nos seus tempos e movimentos...
Mas hoje não estou para ninguém,
Apenas para mim.
Absolutamente circunspecto.
Em vez de para o mundo sair
Escolhi nesta noite o sentir.
Sentir-me por dentro
No coração e no pensamento.
Levarei a madrugada a perder-me
Na ficção de um livro,
A degustar um vinho, um fumo cubano.
A deixar-me estar em paz...
Sinto sono, muito sono.
Mas não o sono do corpo
Desse meu corpo abstrato e inerte.
Sinto o sono da alma
Clamando por sonhos.