Recado Dado
Sentiram vontade de sair. Sair correndo em busca do vento a soprar-lhes o rosto. Sentirem aquele bafejo benfazejo da liberdade a envolver-lhes e a mantê-las vivas. Ah, sonhar... sonhar sempre e realizar mais... E o vento sopra e com ele, no bater das asas da borboleta, que sob o brilho e efeito do Sol, também a incendiar com seus feixes luminosos as idéias congeladas que outrora vibravam e não se acomodam num mero canto da sala.
É preciso acreditar sempre, sempre. É preciso viver e querer, mas muito, muito. Querer de verdade. Levar o seu próprio recado vital, o recado da vida, a mensagem, deixar a si próprio seguir adiante. Permitir-se atravessar portas até então não abertas ou entreabertas no percurso. Não se prender ao tempo, ao lugar, não se prender a paradigmas que, se rompidos, aos olhos de tantos somente enxergariam devaneio.
Antes de realizações ousadas tudo é loucura ou impossível, mas para aquele que crê e não se limita às concepções do seu tempo e meio em que vive, são vencíveis desafios a serem enfrentados com destemor. É preciso talento. É preciso vocação. É preciso ousadia. É preciso talento, vocação e ousadia!
Este não é um artigo, crônica, muito menos um ensaio com profundas reflexões sobre dados aspectos da vida. É um mero desabafo. Simplesmente um desaguar de fervilhantes idéias que necessitavam vir ao mundo. Talvez esta mensagem também sirva pra você, talvez não. O importante é que o recado está dado. Está dito. E ponto final.
Ctba/PR, 08.ABR.2005.