Bíblia: crer ou não crer?

É direito de qualquer um não crer. Assim como o homem pode crer, igualmente pode não crer. Quem crê se atém aos livros (ou partes destes) em que os autores escreveram de modo lúcido, em momentos em que estavam mais harmonizados, equilibrados e, por isso mesmo sintonizados com Deus. É o que muitos estudiosos chamam de a “parte divina da Bíblia”.

Quem não crê se limita à chamada “parte humana da Bíblia”, onde Deus é retratado como um ser incoerente, ciumento, vingativo; momentos em que o autor revelou seu lado preconceituoso, autoritário, injusto.
O fato é que a Bíblia é um livro escrito por homens que, em muitos momentos, estiveram inspirados, iluminados por uma Inteligência Superior; e, em alguns outros... foram apenas eles mesmos, com todos os defeitos inerentes à condição humana.

De qualquer modo, a Bíblia se mostra um livro verdadeiro, tanto nos momentos em que nos faz vislumbrar os pensamentos de Deus, quanto nos momentos em que expressa a falibilidade humana.
Nos tempos atuais, de crise, de repensar todos os valores humanos, temos mais uma chance de comprovar a força desse que vem sendo considerado ao longo dos séculos - o Livro dos livros.