Qual de nós já não pensou em “jogar a toalha”? Ou talvez nem entrar no ringue?... Lutar não é fácil... Mas... por que Deus tão constamente nos estimula, e até nos obriga a isso? Porque ele nos quer fortes, espíritos guerreiros, decididos e que não desistem. É preciso perseverar. Você pode até vergar, mas não se deixe quebrar; você pode até cair, mas levante-se e continue - pois a estrada não acabou. Em verdade, a nossa estrada nunca acaba...

De repente, sobrevem uma doença ou um grave acidente... O que antes era um pequeno passo, algo que sempre repetíamos e jamais dávamos o devido valor - agora é revisto e devidamente valorizado. E assim, o que perdemos em movimento ganhamos em consciência. Ao readquirir o movimento, nós o ganhamos renovado, pois não é mais algo só mecânico, algo inconsciente. Em nossas futuras caminhadas vamos muito mais nos agradar com a paisagem, com o vento... Mas não só isso: vamos passar a saborear a dimensão da liberdade dos movimentos.Outros poderão caminhar muito mais rápido, mas, na maioria das vezes, emburrados(as), sem alegria. Pode parecer incrível, mas os nossos pequenos movimentos nos darão mais alegria e nos farão sentir mais livres, do que os gestos amplos e desimpedidos de muitos... A consciência do valor do gesto - é algo que ainda estamos a aprender, como tantas outras coisas...

Nessas circunstâncias, num percurso de 20 metros pode-se aprender muito mais do que em 20 anos... Quem ainda não passou por situação semelhante acha tal afirmação simplesmente uma divagação espúria, errante, vazia... Infelizmente, a palavra é sempre vazia quando a mente de quem as ouve ou lê também o é. Nesse caso, nem que o céu se abrisse haveria assombro, admiração. É preciso que a mente se ilumine para que os aparentes “pequenos milagres” sejam recebidos com espírito maravilhado.  Ou seja, um transtorno pode nos aclarar a visão definitivamente e nos despertar para os inúmeros milagres da vida! Conclusão: Deus nunca nos deixa no prejuízo!