Quadro
Naquele banco onde a vida passou, nenhuma árvore se fez testemunha.
Nenhuma folha caiu de forma diferente pelo que acontecia.
Tudo era um quadro isento do personagem principal, que bailava uma ópera mística e mortuária. Ele agonizava, e a paisagem sorria como se pudesse fazer-se primeiro plano.
O grito dele não assustou nenhum pássaro. Ele atracou-se com o cenário, mas nenhum traço se moveu. Então, derramou todo o seu sangue de tinta, toda sua pele de lápis, e juntou-se à estaticidade de si.