Tempo de “re-finalizar” algo que não começamos,
nós, praticantes da inércia,
boicota-dores dos sentimentos
pedras preciosas,
sim,
pedras...
no manto interno um vazio,
um manto que os homens criaram para se ludibriarem
na margem direita do rio
carcaças revestidas por solidão,
à margem...
estamos à margem do subdesenvolvimento emocional,
à margem do abismo, seres desprovidos do calor humano.
e iremos esperar...
a espera do nada,
natimortos...
está escrita nas lagrimas do jovem poeta
a carnificina visceral dos homens,
está escrito no tempo imortal, a nossa mortalidade,
pois subjugamos os sentimentos.
e em um suspiro, cante!
e no momento incerto, vibre,
sonhe nesse mundo de profanação de libertinos,
faça dos teus dias, os meus,
que cremos, olhe,
a sua alma é grandiosa.
Meu jovem poeta,
leio e sinto minhas
as suas lágrimas ante a chacina dos sentimentos,
sentimentos estes
que caminham lado a lado com a hipocrisia
neste mundo mascarado de fantasias humanas,
humanos são neste palco da vida...sem vida o são
dia__após__dia,
sem nunca verem a noite,
incansável inspiradora dos poetas
que sem sermos somos...
padrastos de nossos sentimentos,
e pais de sentimentos alheios
Ah!!! Nobre poeta,
eles são seres que reinventam o sentimento
sem ao menos o ter sentido
um dia de luz na pureza do olhar
cúmplice dos nossos “eus”.
Covardes e pobres no sentir
o que realmente sentem
e nunca sentindo...caminham,
sem darem um passo
intrépido...ser rumo ao abismo
misterioso, assombroso,
insondável
coração humano
embotado pela grande distância
e profunda separação
entre a alma e o coração
entre o corpo antes sensual.____ora...“só”...vulgar
entre o que é ódio e o que é amar
doar-se em primeiro lugar.
Mas esqueceram a sensibilidade;
louvam o verbo insensibilizar
não conjugam mais o verbo amar
não conhecem...o "ser" poeta
que com irreverente calma
observa o “ser” sepultado em si mesmo,
e eles sem sentimentos
com o coração sem sonhos__sem ilusão.
com o coração sem sonhos__sem ilusão.
Ah!!!
Sinto pena dessas almas decrépitas
Sinto pena dessas almas decrépitas
...infelizmente...
não são poetas.
_____________________________________________
Dueto: Thalles José Barreto Sousa e kellinho
Visite meu site: www.kellerbucci.prosaeverso.net
_____________________________________________
Dueto: Thalles José Barreto Sousa e kellinho
Visite meu site: www.kellerbucci.prosaeverso.net