tentação

Cada um não tem o que quer, caso contrário, o que sobraria para os outros? Vem isto a propósito... do Assim. O que gostaria que o Assim fosse? Meu mestre! Uma espécie de Alberto Caeiro do... Pessoa, Assim Mesmo do... Coimbra.

Claro, o Coimbra... sou eu para a posterioridade. A ideia faz-me sorrir, mas não rio...

Além de ter um mestre, dava-me um certo gozo não existir literalmente, positivamente! É positivamente impossível, paciência. Pessoa algum ou pessoa alguma, quanto mais personagem?, consegue existir e simultaneamente ser inexistente: tente quem quiser...

As tentações de abordar o Golem... estão bem entregues.

Meto aqui pelo meio uma daquelas frases que fazem pensar, de quem estará a falar? E, para a maioria dos leitores, do quê? Às vezes não existimos mesmo... quando estamos distraídos?

Quanto mais personagem?... Esta interrogação, metida assim... no meio duma frase: uma tentação!... Mas não, mesmo que o leitor possa pensar que eu sou um personagem de ficção, existo e tenho de pôr fim a isto... se quiser acabar hoje.

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 20/01/2006
Reeditado em 20/01/2006
Código do texto: T101284