Pajada de Setembro

No copo, vinho romano,

amargo como esta terra;

como foi e sempre será.

Do sangue puro, aragano,

sujo de terra plantando,

um homem reto, matreiro,

na história foi guerreiro,

no pé do brasil, garrão,

povo gentil, bom varão

por respeito está pronto pra entreveiro!

 

Pra colheita nunca é tarde,

o que se planta, alimenta,

chuva, seca ou muito venta;

não se pode ser covarde.

Sua terra ninguém invade,

com as três cores no brasão,

defende e luta na ação.

Que seja concreto ou vulto,

pelos campos, homem culto

com lança, espada, soco ou de facão!

 

A pajada lembrará;

nunca esqueça as origens,

antepassados, viagens,

por tudo que nascerá,

aqui permanecerá,

no seu tronco, sem cansar.

E a quem ousa governar

quem nasceu do jeito xucro,

ninguém deste fará luto

sem antes uma ou duas guerras travar!

 

Muita história boa traz,

mas o porque desta sina?

Rica palavra, esquecida,

por farelos sem finais.

É lindo olhar para trás,

quando for para enxergar,

porém, venho pra avisar;

Nobre, teimoso e temido,

é quem que mateia solito,

ninguém com este homem vá brincar!

 

Destruir história, o matar,

só se todos, um por um,

pois haverá sempre algum

sem sua origem apagar.

Corajoso pra lutar,

guerreiro na profissão

de peito aberto mostra o coração!

Cavaleiro em pé morrer,

ao estandarte que irá erguer

para além do rio, o grande real brasão!