Ciência, fé e inteligência existencial

Pelas veredas da existência

O homem ergueu-se no trilho

Força bruta e existencial inteligência

Não foi só pelo que mudou

Foi o lume da consciência

Que lhe deu o brilho fulcral

Alma eterna, para distinguir o que é nobre

Não será extinto por sua criação artificial

Princípio antrópico se vê

O universo e sua mente

Dança entrelaçada

Onde ambos coexistem

As constantes matemáticas

revelam a força latente

De um cosmos autoconsciente

Pelo humano que persiste

Aristóteles preparou Alexandre

Desafiou escola platônica

Fundou liceu e se fez grande

Biologia, Metafísica, e retórica indomita

É lembrado e aprimorado

enquanto universo se expande

Gurdjieff nos trouxe a ideia

de um propósito maior

O homem como transformador

da energia universal

A manter a harmonia cósmica

com um senso de fervor

Servindo à Terra e aos astros

Num destino transcendental

Freud e Jung se lançaram

No estudo do inconsciente

Enquanto físicos desprezavam,

o que a mente alcançou

Mas o tecido da realidade

se tece em cada agente

Volição e expectativa

No espaço-tempo se enraizou

Edson, argonautas revelou

Ter visões incríveis

Nos ombros de um gigante

Lhe sussuravam seres invisíveis

Cada invenção, advento

de mediunidade triunfante

Descartes duvidou, e Kuhn redefiniu

A ciência que evolui

pelos erros a corrigir

Marc diz que a mente viaja

pelo espaço que influiu

Num domínio de luz e sombra

onde o cosmos vai se abrir

Em vastidão do universo

Cada parte é um espelho

O Todo se faz presente

No que parece insignificante

Transformação construtiva

é o segredo do conselho

Que a consciência revela

No existir constante

Com fé, seguimos na busca

Por aquilo que é sutil

Nas encruzilhadas da mente

Entre o físico e o além

Cosmos, humanismo e consciência

Se unem num evoluir ardil

E o homem, em sua jornada

ao infinito vai também

Deus acredita na humanidade

Em cada criança que reencarna

Devemos ser gratos

por Sua misericórdia e bondade

E jamais perder a calma

Pois nada é feito sem sua vontade

Para que haja aprendizado

à nossa imortalizada alma

Decimar da Silveira Biagini

Poema metafísico

11 de agosto de 2024