Próspero e rico povo, justo e nobre
Próspero e rico povo, justo e nobre;
ligados à raíz no coração,
cultivando história e tradição,
tão rico povo! Hoje assim tão pobre...
talvez foste ganância ou fracassado,
morre tantos passando sede e fome,
aos poucos na história, muito some,
esconde-se apagando seu passado.
Jogado entre seu chão, que humilhado,
seu estado era tu mesmo como um, não?
Ninguém o regraria bom cidadão,
onde está tu gaúcho? Que de lado
queres só sustentar sua casa e filhos.
Tirar lanças que rasgam o seu peito,
por certo retomar o seu respeito;
corrigir miseráveis e más trilhos.
E qual por quais notícias, ou vaidades,
em favelas e linhas sem trem somem
descendentes de fortes bravos homens,
no qual tiveram grandes propriedades,
por medo de ser preso cumpriu regras,
seguindo leis pagãs, formais puteiros,
que deixara misérias aos herdeiros
e os corvos devorar todas suas terras.
Mais desgraças virão para o sem sorte,
ao infeliz desgraçado não há ajuda.
Difícil, nada fácil, sol ou chuva,
sem sonhos, esperanças com a morte;
matando a descendência para varde.
Pelas longas distâncias, no lugar
se deitou, esqueceu de caminhar...
vai ser digno da vida ou ser covarde?
O sangue que apagou pontas de tochas,
águas, terras; o forte e mesmo sangue
de um povo feito em guerra qual gigante;
de um povo forte e sólido igual rocha;
e sempre trabalhou com fé, com honra,
fizestes estas ruas, abrindo cancha;
acorda desgraçado, a mente chama,
pela raíz batalhe, mate ou morra.
Desgraçado semblante do cansar;
de futuro, talvez um fim gaudério
seria melhor que um simples comum ébrio.
Desligue telas, pare pra pensar
logo tudo piora... Ou melhoras.
O que deseja a vinda geração,
a pobreza ou riqueza pra nação?
Administre bem todas as tuas horas.
Hoje filho de terra maltratado,
que nascido ambulante sul à norte,
no passado quem foste pedra forte.
Que adiantou ser apenas bem letrado,
ao viver por morrer como um covarde!
Plante do mate da sabedoria,
imponha toda tua soberania;
a justiça divina não vem tarde.
Conheces sobre tudo nessas terras,
a guerra vem igual à gente calma...
precisa equipamentos, lotes, armas;
é quem á longas datas dita regras,
dite regras, leis, ordem, mira, testas,
é como faz o estado, muda nunca...
armas. Ninguém precisa da lei imunda
que a cada dobrão, césar faz a festa.
Fúteis leis são impostas aos mais fracos,
paz dizem de ilusão, para enganar
e fazer confusão, assim reinar,
quo povo sem virtude será'scravo.
Tempos mudando, tudo verá, veja,
porém nada do próximo teu tome,
que seja digno faça teu renome...
E se morte aos que lutam, assim seja!
*Pajada de oito versos decassílabos heróicos.