Oração

Eu,

Aqui no vosso altar suplico

Em silêncio, vos peço uma luz

Para iluminar o obscuro de minha alma

De minha vida impregnada de pecados

De meu corpo que arde nas chamas do sexo

Todo desejo que me consome fazendo-me um simples ser humano

Em teus olhos vos sou pequeno

Uma parte insignificante desse mundo

Que do nada criastes

Que fincou em teu solo todo teu amor

Planta arquitetada com destreza

Vida e natureza

Com as mãos voltadas ao infinito

Conceda-me a luz

Fui criança, filho

Hoje sou pai

O amanhã a ti pertences

Como filho, peço-te

Como pai, suplico

Preciso de um amanhã de luz

Contudo sei que não mereço

Porém tenho uma filha

E apenas por ela eu me humilho

Vosso ser deve perdoar, pois sou carne

E sinto a fraqueza de sê-lo

Sou espírito ainda não fortalecido

Porem diante das circunstâncias

Devo contemplar-te e aceita-lo

Por que de outro modo pereço

Tu que és fiel as tuas verdades

Teus ensinamentos e leis

Nãos vê que fizera mal

Essa raiz deu sentido oposto

Do que se refere ao sentimento amor

Preciso encontrar o graal perdido

A luz que mereço

Em sinal de esperança

Essa que jaz morta dentro de mim

Fazei-me seu instrumento

Um cordeiro, ainda que desgarrado

Daí uma chance a humanidade

De se mostrar mais humana

Entre pecadores, descrentes e afortunados

Somos simplesmente seres humanos

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 08/04/2008
Reeditado em 14/12/2009
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