Oração
Eu,
Aqui no vosso altar suplico
Em silêncio, vos peço uma luz
Para iluminar o obscuro de minha alma
De minha vida impregnada de pecados
De meu corpo que arde nas chamas do sexo
Todo desejo que me consome fazendo-me um simples ser humano
Em teus olhos vos sou pequeno
Uma parte insignificante desse mundo
Que do nada criastes
Que fincou em teu solo todo teu amor
Planta arquitetada com destreza
Vida e natureza
Com as mãos voltadas ao infinito
Conceda-me a luz
Fui criança, filho
Hoje sou pai
O amanhã a ti pertences
Como filho, peço-te
Como pai, suplico
Preciso de um amanhã de luz
Contudo sei que não mereço
Porém tenho uma filha
E apenas por ela eu me humilho
Vosso ser deve perdoar, pois sou carne
E sinto a fraqueza de sê-lo
Sou espírito ainda não fortalecido
Porem diante das circunstâncias
Devo contemplar-te e aceita-lo
Por que de outro modo pereço
Tu que és fiel as tuas verdades
Teus ensinamentos e leis
Nãos vê que fizera mal
Essa raiz deu sentido oposto
Do que se refere ao sentimento amor
Preciso encontrar o graal perdido
A luz que mereço
Em sinal de esperança
Essa que jaz morta dentro de mim
Fazei-me seu instrumento
Um cordeiro, ainda que desgarrado
Daí uma chance a humanidade
De se mostrar mais humana
Entre pecadores, descrentes e afortunados
Somos simplesmente seres humanos