A cruz que herdei
Senhor, foi eu quem pecou. A cruz que carregaste trazia o peso dos meu pecados. E Tu, em Tua infinita misericórdia, suportaste o fardo que era meu. Eu, um abismo de pecado e maldade, fui quem pregou os pregos naquela cruz. Era como se eu fosse um dos ladrões ao Teu lado no Calvário, condenado pela minha própria culpa.
Aquela cruz era minha, não Tua. O peso, a dor, a vergonha, a humilhação- tudo isso pertencia a mim. Perdida em minha escuridão, meus pecados feriram-Te. Ainda assim, fostes Tu quem tomou meu lugar, quem sofreu por mim.
O Teu sacrifício, Senhor, rasgou o véu que me separava de Ti, Tu me buscaste quando eu estava perdida, tocaste em meu coração endurecido, e mesmo em minha rebeldia, Teu amor não desistiu. Como posso compreender tamanha graça?
Que minha existência seja o reflexo da redenção conquistada ali, naquele madeiro que deveria ter sido meu. Que cada respiração minha seja um testemunho do Teu amor imenso, que resgatou o perdido, que trouxe vida ao que estava morto.