Salmo: Excelso em Magnitude
Salmo: Excelso em Magnitude
Ó Senhor, Tu és inigualável em magnitude,
Quão difícil é mensurar tua grandeza!
Por ser eu mísero,
Incapaz,
Apenas matéria,
Desprovido do dom da eternidade.
Não me vêm à mente condições para decifrar-te.
Trouxeste-me a vida
Com tuas poderosíssimas mãos;
Tiveste misericórdia de mim
E fizeste-me existir.
Quão misteriosos e sublimes são teus caminhos,
Incomparáveis,
Imensuráveis.
Ó Ser mais sublime do universo!
Assentado sobre infindos e eternos portais,
Desfizeste principados,
Destronaste horrendas potestades;
Trouxeste luz e verdade a meras criaturas egoístas,
Merecedores da destruição,
Merecedores do desamor,
Desafetos da vida.
Ainda assim,
Amou-os com o perfeito amor;
Não enviaste herdeiro algum,
Vieste tu mesmo,
Deixando a mais alta e sublime posição.
Quebrantaste o plano de perdição,
Onde teus inimigos não mensuravam tua humildade;
Descrendo de ti,
Julgavam impossível a redenção.
Onde a desolação universal seria o melhor,
Onde a destruição eterna seria a única porta a ser aberta,
E outra vez,
Mostraste ser merecedor do que és.
Enfrentaste o impossível,
Resgataste o que a ti pertencia,
Não te importando com o que havia de vir,
Pois a ti pertence toda a existência,
Todo o tempo,
Todo o poder.
Sendo firme,
Não disputaste com ninguém
Acerca do que somente a ti pertence,
E sabendo que diante de ti nada se detém,
Apenas entregaste o que era teu
A fim de que fossem cumpridos teus eternos desígnios.
Viveste como a mais baixa escória,
O homem,
Outrora
Sua imagem,
Outrora
Sua semelhança,
Parte de ti.
Sim,
Viveste assim
Para que vivendo como tal,
Compreendesses suas fraquezas,
Compartilhasses de seus amores,
Os livrasses de seus temores,
E sabendo como vivem,
Concederias a tais o dom da misericórdia,
O dom do perdão.
Provaste o beijo da morte
Para transformá-la em vida.
Trilhastes caminhos sombrios,
Caminhos que não eram teus;
Visitaste lugares de desespero,
De perdição,
Para anunciares,
Para reconduzir,
Para vencer.
Provaste mais uma vez que és singular,
Que és único,
Que nada pode parar diante de tua majestosa presença;
E mesmo as entidades mais poderosas
Prostraram-se
Em reconhecimento de tua excelsa magnitude,
Em reconhecimento do teu domínio.
Obrigados foram a restituir a quem de direito;
Tomaste a chave da eternidade,
Selaste o que sempre te pertenceu,
O que sempre amaste,
O que sempre foi teu.
E desta forma,
Agora também és amado,
Pelo muito que perdoaste,
Pelo muito que sacrificaste,
Pelo muito que amaste;
Pelo que tu és.
Libertaste a escória,
A mais ingrata e vil de tuas criações,
Aquela que mata,
Aquela que destrói.
Retiraste do coração imperfeito
As lamúrias,
Tristezas e desolações,
Encravadas pela fria e traiçoeira lâmina do pecado,
Que fere,
Que mata,
Que destrói.
Outra vez,
Reconduziste o que era teu;
Trouxeste de volta,
Agora novamente
E eternamente,
A tua imagem,
Novamente
A tua semelhança.
Não mais dor,
Não mais desamor;
És amor na essência,
És a essência do amor.
És belo,
Impávido;
És luz,
És Deus,
És Jesus.