A tua Graça me basta!
Justo,
Santo
e sublime Deus de meus pais:
Meu ser se humilha por completo diante de Ti,
ciente de incomensurável limitação e fraqueza
em mim, de todos os vacilos e temores
mais íntimos,
dos atos inexatos
de quem duvida,
dos versos inacabados de quem mente,
tal a natureza caída,
tal a natureza caída.
E enquanto ouves a prece deste cidadão
enclausurado em fragmentos de personas tantas,
peço-te, Senhor dos Exércitos,
faz nascer em mim o caráter do Filho Teu.
O fulgor manso e suave da Glória,
o cântico dos justificados em Cristo Jesus,
o decreto de quem está liberto para ser escravo teu,
a Graça que limpa todo e qualquer pecado.
Pai,
como tal percepção poderia se dar,
enxergar assim em mim
tua herança
pelo sangue do Herdeiro,
mistério que revelas
àqueles que não saberiam
interpretar ou crer?!
Enquanto dói...
Meus joelhos te adoram,
meus lábios te invocam:
São águas muito profundas,
trevas demasiadamente densas,
são suspiros de outrora
em terrores de agora,
outra lágrima,
outro adeus,
alheios sentimentos
desencontrados
cá no peito,
e apenas uma certeza...
O meu socorro vem de Ti!
Escuta, Senhor:
SE EU CAIR,
DEIXE-ME APENAS CAIR,
E AO CONTEMPLAR A TEMPESTADE
A ME TRAGAR,
TRAZ AOS MEUS OLHOS
TEU CAMINHAR SOBRE AS ÁGUAS,
MESMO QUE SEJA PARA CARREGAR
MEU CORPO FINDO E PASSAGEIRO.
Será glorioso (e suficiente!) reconhecer
o rosto Daquele que me salvou.
A tua Graça me basta!