Entre mil divagações segue o vate

Solitário, pois urge que se afaste

Do mundo podre e vil de gente avara!

O egoísmo, mensageiro da morte,

É o nigromante que augura a sorte

Desta malta, cruel e ignara!

 

Já soam os clarins de um mundo novo

E as notas de simetria dum povo

Já ressoam por todos os quadrantes!

Então, afastar-se do velho mundo

E deste poviléu infame e imundo

É premente nos últimos instantes!

 

Assim, anda desta malta afastado

Buscando o sonho do planeta alado

Onde não habitarão tais enfermos!

Por isso, guarda do orbe o ensino

E apenas vai cumprindo seu destino,

Orando, e buscando de Deus os termos!

 

 

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 31/03/2024
Código do texto: T8031649
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