RECONCILIAÇÃO
Por Davi Santos do Amaral – Escrito por volta de 1994 e 95.
...Perdoe, Pai.
A minha falta de fé;
Por todo tipo de maldade que, consciente ou inconscientemente eu tenha praticado;
Por tantas vezes em que planejei ser benevolente e negava auxílio a tantos que vieram bater em minha porta;
Pelas ocasiões em que magoei o meu irmão sem a mínima compaixão.
Trai, Pai, os talentos que a confiaste, fazendo mau uso da sabedoria que como dom me deste.
Quantos cravos eu preguei em tuas mãos!
Feito tolo, tantas vezes eu feri o meu corpo, Teu Templo sagrado. E foi preciso que tanta inconveniência me sobreviesse p’ra eu lembrar do Senhor.
Hoje, Pai, humildemente trago a ti as minhas dores, quando devia te trazer (meu corpo com) saúde.
Cabisbaixo e traído pelos prazeres banais, imploro de joelhos o Seu perdão, por tantas vezes que neguei Seu nome e sei que aqui estou por tanta negligência, mas quero agora dedicar a ti a minha curta existência, pedir que purifiques o meu espírito teimoso e ilumine a minha trajetória pelo caminho da retidão. E se o meu corpo já não se faz digno da Sua graça, toma, Pai, ao menos o meu coração.
Davi do Amaral