Malês

Senhor Deus dos miseráveis,

Dizei-me vós meu Senhor ...

Quantas pontes de tempestades,

No navio do horror...

Quando chegaram a Terra Santa .

Ouviram o chicotear no porão....

De asas verdes na folhagem da cultura então,

Rasgaram-se as mocidades que morriam no chão...

Era mais um leprosário de sordidez infame algoz...

Preto ,tinha rastro,de bicho do mato...

Do quilombo do irmão...

Revolucionário foram o Malês....

De nobreza de título e alma.

Islâmicos na graça e arma no punho...

Felicitaram o adestrado com insurreição,

Não miserável da simples alforria,

Cambaleiam triturados pela sua nobre magia,

Vestes de pano lascado e as vezes empenhado.

De sangue sagaz...

Mas o mister muso de cansaço era escravo e hoje morre de fome,

Nas favelas é a cela onde tudo é intrepidez.

Somos agora senhores do quilombo de agora.

Sem ar ,sem dança e Malês.

Viviane lilith
Enviado por Viviane lilith em 10/02/2023
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