Malês
Senhor Deus dos miseráveis,
Dizei-me vós meu Senhor ...
Quantas pontes de tempestades,
No navio do horror...
Quando chegaram a Terra Santa .
Ouviram o chicotear no porão....
De asas verdes na folhagem da cultura então,
Rasgaram-se as mocidades que morriam no chão...
Era mais um leprosário de sordidez infame algoz...
Preto ,tinha rastro,de bicho do mato...
Do quilombo do irmão...
Revolucionário foram o Malês....
De nobreza de título e alma.
Islâmicos na graça e arma no punho...
Felicitaram o adestrado com insurreição,
Não miserável da simples alforria,
Cambaleiam triturados pela sua nobre magia,
Vestes de pano lascado e as vezes empenhado.
De sangue sagaz...
Mas o mister muso de cansaço era escravo e hoje morre de fome,
Nas favelas é a cela onde tudo é intrepidez.
Somos agora senhores do quilombo de agora.
Sem ar ,sem dança e Malês.