Guerra da carne
Tantas dificuldades, Senhor
Batalhas, guerras que não findam.
Guerras que travo diariamente
Contra mim, contra mim mesma,
Meu maior inimigo.
Quantas vezes meu coração se quebrantou
E quantas vezes meu espírito se condoeu
E inclinei minha vida para Ti,
Eu te amei e quis me dedicar
Mas meu corpo parece pesado demais
Para carregar, para eu carregar sozinha.
Problemas parecem enfaixar meus pulmões
Eu não respiro, eu não Te sinto.
Eles sufocam o meu desejo por mais de Ti, Pai.
Mas o Senhor sabe!
Oh Deus, o Senhor sabe!
Esquadrinha corações
Alcança lugares profundos
Jamais visitados por alguém
Os lugares em trevas aos quais
Nem mesmo eu tomei conhecimento.
Meu Senhor, meu Deus
Travo batalhas contra carne
Contra minha podridão
Os meus maus pensamentos.
Quando eu disse: A Ti entrego meus caminhos
O Senhor sabe que falava a verdade
Foi de verdade!
É esse o desejo mais elementar do meu coração
Mas me falta paz, Senhor
Me falta amor...
Eu nunca me amei, Deus!
Amo meu cabelo,
Meu jeito de escrever,
Minha inteligência, mas jamais me amei!
O Senhor sabe como é essa dor.
E por isso brigo,
fico bruta, agressiva...
Senhor, como vou amar as pessoas?
Como os amarei sem amar a mim mesma.
Esta ferida, Paizinho, só tem uma cura:
A água e o sangue vertidos por Ti
Na cruz do calvário.
Vem com teu balsamo sobre mim.
Ou viver até a sua volta
Será um tormento.
20/11/10