Eu desejo que eu vá diante do teu tribunal senhor. (Salmo 54 de Giovane Silva Santos).
Eu desejo que eu vá diante do teu tribunal senhor.
(Salmo 54 de Giovane Silva Santos).
Tenho dito oh pai, Altíssimo, infinito e poderoso, dono da clemência, do travesseiro de descanso, és inimaginavelmente benevolente, tua justiça é mais transparente que a água mais pura que existe, creio, assim coloco minha nudez, de corpo, alma e espírito, penetre nas mais minuciosas partículas que há em mim.
Veja, sabatine, esquadrinha, entrego cada gota de meu sangue para que o céu examine.
Confesso, fraco, persuadido, acuado, medonho, acusado, a vaidade, a escuridão, a malícia, de forma que toquei na moeda do semelhante, adulterei, cobicei, muitas vezes olhos contaminados, coração cheio de paixões, ciúmes, violei a lei, realmente do senhor, dos homens também, coloquei minha assinatura no indevido, caso haja um contento maior que este pela perversidade, sim, veja:
Não fui eu desde criança tomado pela carta de reprovação pela escola da vida, onde o inimigo colocaste nos meus ombros o calafrio de angústias, tanto o que o céu me deste, pela honra do altíssimo o dom da arte do futebol, e me tiraste de forma humilhante, pesando enfermidades no meu corpo, não fui eu que tentei edificar, estruturar o conceito de família como ajudador de uma donzela, olha, veja se neste meu coração houve, se há intenção de ferir meu irmão, meus pais, meus semelhantes, se tive maldade contra o útero da mulher, se este quis intentar contra a ingenuidade, pois constantemente o inimigo coloca frente aos olhos atrair o homem a ribanceira.
Senhor, tenho dito e repito, não fui eu pagador de um preço indesejável a qualquer vivente, nem mesmo sei como suportei, minha mente pressionada como uma máquina dentro de um vulcão, não fui eu que os lábios não mais sorria, não fui eu que nem mesmo nos campos onde me colocaste, fui negado e humilhado, não fui eu que até o lixo tens me desprezado, não fui eu tomado como louco, tomado como marginal, tomado como escória do mundo, a rejeição consumindo perversamente tudo, não fui eu que senti o menor de todos na face da terra.
Ora, lembro das noites que adentrei aos livros e cadernos, lembro me de quando percorri de escola a escola para que fosse reparado minha intenção.
Pergunto, não é o céu que oferece a misericórdia, a benevolência e o amor, veja se isto não busquei, desde muito tempo mergulhando nas águas a tua busca, é verdade que mesmo sem entender, veja, se eu não tenho me apresentado com o teu coração, sim, este desde criança que já o olhava para ti, onde todo processo de dor se intensificou.
Veja se o quanto paguei, sangrando aos prantos de dor, clamei a ti, não sei porque o homem insiste em mapear minha vida, procurando brechas e tentando acusar, se limpo estou, sim, da tua água eu experimento diariamente, do teu Espírito, da tua bondade, onde entendo que continuo sendo o menor da casa dos meus pais, e é do teu intento que minhas mãos retratam o teu coração, meus lábios regozija de um doce que nunca experimentei, creio que não mais serei produto de manobra e artificio da perversidade maligna, ora, a tua justiça que resgata o registro de uma criança, é assim, o meu coração, a identidade do Brasil, que como eu foi acusado de ser o pior e indigno, veja oh pai, tanto que tua bondade não é reconhecida pelo homem perverso, aqui muitas gerações pagaram caro, a custa do tronco, do útero violado, da criança massacrada, essas chibatadas arderam em minha alma, pelo sangue do amor de Jesus, ainda hoje e continuamente, não tarde e não demore, clamo, imploro, invoco, humilho me, prostro me, que sei, da tua infinita misericórdia seja multiplicada, tua porta oferecida, tua água disponível, porém a tua espada, que sedenta e viva, onde alimenta e justifica a tua verdade e plena justiça, aviva incessantemente neste lugar, na minha vida, na casa dos meus pais, nessa terra, no Brasil.
Tens dito que se rendermos a ti, sararia a terra, colocaria o manancial, teríamos a esposa como a árvore mais frondosa, então senhor, estes que assim entendem e o buscam, perante as cearas de gerações e gerações desta terra, apague a alma de mendigo que tens colocado ao teu povo, que possamos colher, o que o suor sangrou, que o pranto desceu em oração, que o desejo do bem querer ao próximo esteve presente, pela devoção da tua criação.
Ora, creio, tomamos posse, recebemos, grato somos, porque teus feitos, desde a promessa Abraâmica, nasceu se aqui, nesta terra, o coração de um povo de Deus, que mesmo sem instrução e desprovido de conhecimentos, carentes somos de provar mais de ti, assim entregamos, confiamos, tua luz, a glória do teu nome, pelo sangue genuíno, a essência pura da natureza, multiplique transbordantemente a tua glória em nós Altíssimo.