EXÉQUIAS DE CHIQUITO

EXÉQUIAS

Velório de Francisco CHIQUITO Laurindo da Silva

Falecido em 11/05/2021

Lidercio JANUZZI - MESCE

- RITOS INICIAIS

LITURGIA DA PALAVRA

- 1ª Leitura (Sb 4, 7-15)

- Salmo de Meditação – Dai-lhe Senhor o descanso eterno.

- 2ª Leitura – (Rm 6, 3-9)

- Evangelho – (Jo 6, 35-40)

- PARTILHA DA PALAVRA

““... não há por que temer a sombra, porque ela nos lembra de que é sombra da luz. (...) não tenha medo da morte, porque ela nunca nos atinge: enquanto temos vida, a morte nos é alheia. E, quando ela chega, já não estamos aqui para recebê-la.

A sabedoria do povo mexica, nos causa admiração a nós que nos julgamos melhores e mais civilizados que os povos pré-colombianos conquistados.

Diante da realidade da morte, é comum reagirmos com desespero, revolta, indiferença, solidariedade ou tristeza. Mas, quando pedimos e recebemos de Deus o dom da fé descobrimos o sentido da morte.

No Antigo Testamento, os israelitas, perplexos e desnorteados, interpretavam a longa vida como recompensa de uma vida justa. A morte prematura era vista como castigo pelo pecado. O autor da 1ª leitura, presumivelmente Salomão, reformula a questão: o que importa é viver de acordo com a sabedoria, isto é, viver segundo o projeto de Deus. A morte cumulou de vida os anos vividos pelo nosso CHIQUITO e acontece, portanto, por ter ele já completado sua participação na luta pelo Direito e pela Justiça, e isso o introduz doravante na vida plena.

Sim, a morte do CHIQUITO também é prematura, pois, embora já tendo sido antigo veterano da Sublime Ordem atuava ativamente em nossa família e na sociedade. Inesperada, pois, apesar da saúde ultimamente muito precária, jamais deixou de cumprir com coragem e ousadia suas diversas de cidadão e patriota.

São Paulo nos lembra na sua Carta aos Romanos, que Jesus foi morto por um sistema social injusto, pecaminoso e mortal. Mas Deus o ressuscitou para sempre, condenando o sistema que o matou. Pela fé e pelo Batismo, CHIQUITO participa da morte e ressurreição de Jesus, principalmente neste tempo pascal. A transformação é radical: rompe com o sistema pecaminoso, gerador de injustiça e morte, e ressuscita para vier uma vida nova, construindo uma sociedade nova que promova a Justiça, o Direito e a Vida.

Nesta hora de tristeza e saudade, Jesus se apresenta como aquele que veio de Deus para dar a vida definitiva aos homens. Na semana do Sexto Domingo da

Páscoa do Senhor, no Ano Santo de São José, no Mês de Maria, quando também comemoramos a Abolição da Escravidão no Brasil, significativamente retorna ao Pai o nosso patriarca familiar CHIQUITO.

A certeza inabalável da vida eterna em Cristo Jesus nos conforta, nos reanima, nos devolve o entusiasmo, agora que todos nós nos unimos aos seus outros amigos e familiares e experimentamos todos juntos o sofrimento causado pela perda de nosso querido CHIQUITO.

As palavras e atos de Jesus foram confirmados por sua ressurreição: Deus o ressuscitou com seu poder e O glorificou.

Servindo a Pátria, à Família e ao Trabalho Honesto, nosso querido CHIQUITO percorreu seu caminho junto à Igreja Militante em sua vida terrena, viajando neste vale de lágrimas.

Agora, com a luz de Cristo, nosso sempre querido CHIQUITO é guiado rumo à Igreja Triunfante, a Casa do Pai, a sua verdadeira morada, como cidadão do céu que sempre foi.

Da mesma forma, hoje, somos todos convidados a vencer a morte com Cristo, buscando a Justiça, a nossa salvação, lutando contra o mal, vencendo o medo diante da morte e aceitando-a como porta que nos conduz à ressurreição.

(Catecismo da Igreja Católica - CIC 298)

Resplandecer a luz a partir das trevas (Gn 1,3) é dar a luz àqueles que a desconhecem.

(CIC 335)

“In Paradisun deducente te angeli” para o paraíso te levem os anjos. Da infância até a morte a vida humana é cercada pela proteção angélica.

(CIC 958)

Comunhão dos falecidos: pensamento santo e salutar é rezar pelos defuntos para que lhes sejam perdoados os pecados (2Mc 12,46). Nossa oração ajuda o falecido e torna eficaz sua intercessão por nós. “Teaching is inseparable from learning” (The Art of Teaching). Ensinar é aprender, orar é receber. Do Credo nós proclamamos nossa fé na “comunhão dos santos” entre nós vivos ou peregrinos e ele defunto junto com os santos bem-aventurados na presença de Deus.

(CIC 1032)

Nossa oração pelos defuntos seja como a de Judas Macabeu (2Mc 12,46): um sacrifício expiatório pelo falecido, como essas exéquias e as Santas Missas rezadas por sua alma imortal. Que o finado amigo , pai, avô e bisavô possa agora chegar à visão beatífica de Deus. Portanto, mais que as justas homenagens humanas, façamos por sua alma:

ESMOLAS,

INDULGÊNCIAS - São João Crisóstomo.

(CIC 1354)

Na Santa Missa; anamnese recorda-se a Paixão de Cristo pela nossa redenção;

Na intercessão, a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda Igreja:

- na Terra: nós, os vivos na Igreja Militante;

- no Céu, nossos irmãos falecidos, na Igreja Triunfante.

(CIC 1371)

Fiéis defuntos morreram com Cristo e não estão, ainda, plenamente purificados para que possam entrar na Paz de Cristo.

Santa Mônica (mãe de Santo Agostinho):

“Enterrai este corpo onde quer que seja! Não tenhais preocupação com ele! Tudo o que vos peço é que vos lembreis de mim no altar do Senhor, onde queres que estejais! ”

(CIC 2300)

Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade. O enterro, aceitando-se, a cremação, é obra de misericórdia corporal.

(ORAÇÃO DOS FIÉIS (p. 60), aspersão da água benta e ORAÇÃO FINAL).

“- Acolhei, Senhor, nosso Deus, as preces que vos fizemos em vossa misericórdia ajudai-nos a viver conforme vossa vontade. Por Cristo, nosso Senhor.

Com amor e confiança, rezemos juntos a oração que o próprio Jesus nos ensinou:

“PAI NOSSO …”

AMÉM!