Oração ao deus das coxas femininas

Ó deus extremo das coxas

Femininas, por que tanta

Proteção tua aos machos,

E não só, olharem e gostarem

Interruptamente as coxas

Plenas e mesmo delgadas

Das coxas femininas? Também

Essas danças em que elas,

Algumas, não todas,

Se oferecem aos olhos

Pedunculados,

Dos machos a navigarem,

Submarinhos, nos desejos

Nus ... esses que ... ardem

Sem nunca se consumirem ...

É o entruido!, entrudo!, carnaval!

Sob ameaças das carnes tolendas,

Ameaças sempre satisfeitas:

Onde foram as carnes viciosas,

Os olhos húmidos dos defuntos,

De aqueles, e de algumas outras,

Onde? Onde os carpem diem, tão

Lírica e falsariamente repetido?