Pajelança
A folha em branco
O cursor piscando
O pulsar de vida
Ainda a ser vivida
Se teimo em dizer
O que não havia dito.
A forma perfeitamente lida
Dedos engatilhados em letras
Deixarei de usar palavras vãs.
Quem sabe quanto elas se valem?
Como queria dizer que te amo
Mas nem sei se te amo ainda...
O amor! Que eternidade sentida.
Serei digno de te chamar presente.
Pergaminho dos meus sentidos ditos
Que a estrofe se prolongue em versos
Sou um ponto a mais em teus universos
Porque queimar os famosos controversos?
E me estendendo aonde meu corpo não te alcança
Sou a balança sem lastro de rimas que não se cansa
Sou a pilha de olhos em seu percalço das temperanças
Sou pirâmide em base de contexto do texto em desandança.