15 de Novembro de 2013- 15 de Novembro de 2020.Sete anos. A dor do silêncio.Os dias do desespero.
Passaram sete anos. Sete anos, a dor e tristeza que se não vê, que ninguém sente. Sete anos como se fora hoje, o ontem não existisse, o amanhã, a falta que se sente, será sempre a tortura do dia, até que o amanhã não exista.
A falta daquele abraço pela manhã, na despedida, sem saber se haveria regresso, se haveria aquele sorriso no fim do dia. Aqueles dias, sem saber a hora, ou se essa hora chegaria, naquele mundo desconhecido em que vivia-mos.
Só, no silêncio que vivo, eu me lembro das nossas conversas, daquilo que se passava nesse mato imenso, das horas de incerteza que viveste, sem saber se eu voltava. Eu de memória me lembro, quando em confidência eu ouvia que na vida tudo tem princípio e fim. Agora eu pergunto a mim mesmo. O que é o fim? É isso que sinto. É essa incerteza que me aquece a mente, mantém acesa a chama da alma, me consola o coração, por muito que tente disfarçar a alegria que não sinto.
Tenho a certeza que lá nesse reino aonde te encontras, continuas sorrindo, á minha espera como sempre acontecia, naqueles dias em que a esperança de voltar, era mesmo só a esperança.
É esse querer que tarda, é esse esperar que dói, é esse amanhã que tarda, em não ser o dia seguinte. Nós sabíamos o que era, ou foram os dias que passaram, eu sei o dia em que aqui neste mundo, para ti não ouve o dia seguinte, para mim continuam a ser um dia, sempre um dia á espera que o dia seguinte não mais seja outro dia, e, novamente juntos saibamos sempre esperar alegremente o dia seguinte. Até esse dia, para mim será sempre mais um dia que passa, á espera, sempre á espera, como naqueles dias em que sempre voltava. Agora sou eu que sei que não voltas, mas continuas á espera que eu chegue. E nesse dia, eu chegarei!