O vento leva o alento

“Se ainda venta, não adianta varrer, espere o momento certo para agir”

Li isso no Pinterest, e bom...

Quantas coisas fazemos em vão?

Em vento e vão

Em vento e atoa

Quanto nos desgastamos, no sentido literal da palavra?

Desgastar significa consumir por fricção, corroer, gastar-se pouco a pouco, várias vezes, etc.

E aonde isso nos leva?

A talvez um sentimento de estar sempre incomodo, incessante?

E sem ver, o vento leva o alento.

A graça, leva o caminho, os dias, os sorrisos. Estamos ocupados e preocupados demais com o próximo passo que não conseguimos apreciar pequenas conquistas. Pensando na próxima. Isso acaba com o fôlego,

Pior ainda é pensar que enquanto pensávamos em uma coisa, poderíamos estar fazendo outra mais útil.

Até meus pensamentos são traiçoeiros. Chegamos ao nível de exigir que nossos pensamentos precisam ser produtivos. Não se pode só contemplar?

Quem te ensinou a ser tão dura assim?

Penso em uma coisa achando que devia pensar outra. Como se por acaso, uma planta pensasse no tempo que vai demorar pra dar flor, como se o mar contasse o tempo de cada onda, da próxima, e da próxima, e do ritmo. Ele se perderia na sua própria natureza, se perderia naquilo que ele sabe fazer. E aí que está. Olhe para sua vida, quantas vezes nos desgastamos fazendo exatamente isso?

Quando nos cobramos é assim.

Ninguém diz pra árvore dar fruto, mas a racionalidade humana, a crítica (formadora de opinião e eu ousaria dizer que, quando muito intencionada, formadora de ação, de comportamento), faz você se cobrar de coisas que nem chegaram o tempo. O chefe, os prazos, o tempo, o medo, ou seria só nossas sinapses rápidas demais?

Um carro, mesmo tendo um longo caminho, só consegue ver metros a frente. Porque raios insistimos em nos rotular antes de virar aquela esquina? Porque duvidamos tanto, se nem o sim e nem o não estão de fato escritos? E quem poderia dizer que depois ainda temos a chance de colocar uma virgula, dar uma revira volta ou mais, colocar um ponto e um parágrafo novo!

E mesmo assim, a meta do dia seguinte é acordar mais leve, é não se atropelar nos próprios passos.

Por favor, não deixe que a sua própria desaprovação, seja a sua maior punição.

Não venha com mais uma pilha de coisas a melhorar quando você sabe que poderia sim chegar com flores por ter conseguido fazer alguma coisa completa.