Prosefchí

Prosefchí

De joelhos, eu mal lembro a última vez em que estive aqui e

eu sei desta condição humana que mantém um abismo entre nós.

Mas peço-lhe, considere meu desprezo pelas amenidades desta vida por que é fadonha esta linha fina com o qual respiro e o que sobra disso é a subjetividade que me torna cativo da minha profunda complexidade.

Esse caminho eu conheço e não gostaria de vez as arestas que me tornam cada vez mais cético e se me permite, não é minha e nem sua essa culpa, mas deles... Sim, eles aprenderam a manipular e amantes de si, permanecem por anos escavando essa separação entre nós. Eu tentei dar-lhes o benefício de entender a sua essência humana, tentei aceitar suas formas de expressão, mas foi superestimando tudo isto que encontrei angústia e nada mais neste caminho.

Eu não sou o único, mas não posso me dirigir aqui por todos e com temor e sem merecimento algum, espero que entenda esta batalha para manter meu equilíbrio!

Gostaria que todo esse vão estivesse preenchido por certezas absolutas, contudo minhas experiências também limitam o que eu poderia, ou quem gostaria de ser.

Estou até agora buscando com toda minha força uma maneira de lhe pedir algo e ainda não sinto coragem suficiente, eu olho ao redor e vejo como eles ficam irracionais quando perdem a direção de Ti. Eu não quero isso para mim, não me deixe perder o equilíbrio e a minha forma, que é tão minha de entender e viver o que chamam de fé.

Dedicado à Pedro Medeiros

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 12/06/2020
Reeditado em 12/06/2020
Código do texto: T6975478
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