O Clamor!
"Ó Deus de Milagres! Livrai-me de mim mesmo. Levai as minhas loucuras sobre si e deixai-me em paz.
Vista-me com a tua santidade e revista-me com o teu amor. Insista em mim e não me perca jamais.
É o clamor que faço, posto que preciso da tua misericórdia.
Ó Deus dos fracos e necessitados. Ajudai-me depressa. Não cesses de me acolher e não enjoes de mim.
Sei que falho, e muito, mas não posso deixar-te de clamar, porque só em ti; nestes momentos de fé; é que me sinto distante do meu eu, do profundo de mim que me leva à perdição.
Só em ti a vida tem sentido e há fortaleza para sempre. Em ti não há dor nem pecar. Ao passo que, fora de ti tudo é trevas e a vaidade impera. Sem ti não há temor nem amor, só falsidades e fingimentos, só humanidades e máscaras.
Em ti há alento e paz; quão grande amor; sem ele nada se faria, nem eu mesmo existiria.
Ó Deus dos desgraçados pecadores como eu, ouça-me nos dias das minhas angústias, socorra-me do quão terrível sou e finque o meu coração aos teus pés.
Ó Deus piedoso e compassivo, que não dorme nem cochila. Sê o meu ajudador. És o meu guarda fiel.
Para sempre te bendirei, na presença dos grandes ou pequenos te serei ternamente grato por tê-lo em mim.
Por tudo que és, por não cessares de investir em mim. Ei-lo aqui, és bem-vindo em mim"