Amanhã será sempre tarde!
Vivi aquilo que se poderia viver,neste lugar,perdido entre serras, aqueles dias de frio, frio no corpo, e na alma.Mas vivi!
Continuei a viver(noutras terras,o sol, tomou o lugar do frio, mas não aquecia a alma. Não era viver .Existia apenas.
Depois! Depois foi aquele raio de sol, que derreteu o frio, tornou
mais ameno o calor do sol. O renascer da vida, da felicidade sonhada.
Vivi dias felizes, passavam os dias, era viver. Não mais andava por aí. A família, a casa que nunca estava vazia. Havia vida.
Um sorriso á espera. Uma felicidade que jamais sonhei pudesse existir. Mas era verdade. Aí estava. A própria felicidade vivida.
Existiu. Foram dias, anos, de felicidade plena, Vivida! A existência da vida na própria vida. Vivi. Não Vivemos. Vivemos dias felizes que as palavras não dizem e só os sentimentos sentem. O calor na alma a alegria de viver. Sorrir. Sonhar.
Vivemos, até aquele fatídico dia de 15 de Novembro de 2013. Aquele dia em que o negrume da noite se adensa hora após hora sempre á espera que sol deixe de brilhar.
Esse dia que se transformou em noite.não mais foi dia de sol.A noite dia após dia se tornou mais escura. Não vivo. Ando por aí! até quando?
A saudade, a solidão o desespero vão caminhando lado a lado. Até quando?
Em cada lugar desta casa, em cada pequenino recanto ,mora a saudade dos tempos felizes que passamos,o sonho se torna realidade.a felicidade foi uma realidade vivida,hoje uma quimera desfeita.
Hoje como naquele dia 15 de Novembro, que resta desses outrora dias felizes?Nada!.Nada é mesmo nada.
A casa está vazia e fria!
Não falta nada.Falta tudo. Abre-se a porta. Ninguém á espera.
Aquele sorriso aquele ser que nos prendia á vida, dele nada resta. Aqueles braços estendidos não existem mais.
A casa está vazia, como vazio está este ser, que nem sabe se vive ou apenas existe.
Sabe que viveu. Sabe que anda por aí. Sabe que apenas existe até ao dia do reencontro final.Aquele dia que tarda. Até lá todos os dias desta existência, serão apenas os dias do desespero. os dias se repetindo como naquele dia triste 15 de Novembro, que que vivo dia a dia e transformou para sempre o dia em noite escura desta existência, que apenas sabe que existe. Não vive! Existe apenas.
Amanhã será sempre tarde,e só Deus sabe quando não haverá mais amanhã.