Exéquias do SO Albuquerque BUKA
EXÉQUIAS 29/04/2019
Velório do SO ALBUQUERQUE "BUKA" - RECIFE PE
(Lidercio JANUZZI Cel Refrm - Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística - MESCE - Paróquia N.Sa. do Rosário - QI26 - Brasília - DF)
- Manual do MESCE p. 36 – Celebração na Capela
- RITOS INICIAIS
LITURGIA DA PALAVRA
- 1ª Leitura (Sb 4, 7-15)
- Salmo de Meditação – Dai-lhe Senhor o descanso eterno.
- 2ª Leitura – (Rm 6, 3-9)
- Evangelho – (Jo 6, 35-40)
- HOMILIA
““... não há por que temer a sombra, porque ela nos lembra de que é sombra da luz. (...) não tenha medo da morte, porque ela nunca nos atinge: enquanto temos vida, a morte nos é alheia. E, quando ela chega, já não estamos aqui para recebê- la.
A sabedoria do povo mexica causa admiração a nós que nos julgamos melhores e mais civilizados que os povos pré-colombianos conquistados.
Diante da realidade da morte, é comum reagirmos com desespero, revolta, indiferença, solidariedade ou tristeza. Mas, quando pedimos e recebemos de Deus o dom da fé descobrimos o sentido da morte.
No Antigo Testamento, os israelitas, perplexos e desnorteados, interpretavam a longa vida como recompensa de uma vida justa. A morte prematura era vista como castigo pelo pecado. O autor da 1ª leitura, presumivelmente Salomão, reformula a questão: o que importa é viver de acordo com a sabedoria, isto é, viver segundo o projeto de Deus. A morte prematura e inesperada do nosso querido BUKA é, portanto, devida à sua participação na luta pelo Direito e pela justiça, e isso o introduz doravante na vida plena.
Sim prematura, pois, embora Suboficial da Aeronáutica tendo atingido a máxima graduação, atuava ativamente junto aos jovens assistidos pelo Programa Forças no Esporte - PROFESP, no CINDACTA III, tarefa que requer disposição e saúde.
São Paulo nos lembra na sua Carta aos Romanos, que Jesus foi morto por um sistema social injusto, pecaminoso e mortal. Mas Deus o ressuscitou para sempre, condenando o sistema que o matou. Pela fé e pelo Batismo, SO BUKA participa da morte e ressurreição de Jesus. A transformação é radical: rompe com o sistema pecaminoso, gerador de injustiça e morte, e ressuscita para vier uma vida nova, construindo uma sociedade nova que promova a justiça, o Direito e a vida.
Nesta hora de tristeza e saudade, Jesus se apresenta como aquele que veio de Deus para dar a vida definitiva aos homens.
A certeza inabalável da vida eterna em Cristo Jesus nos conforta nos reanima, nos devolve o entusiasmo, agora que todos nós nos unimos aos seus familiares e experimentamos o sofrimento causado pela repentina perda de nosso querido rolha de…não, (paisanos não compreenderiam nossos carinhosos tratamentos militares) nosso querido BUKA.
As palavras e atos de Jesus foram confirmados por sua ressurreição que revivemos neste tempo pascal: Deus o ressuscitou com seu poder e O glorificou.
Com nossos irmãos d’armas, nosso querido BUKA percorreu seu caminho junto à Igreja Militante em sua vida terrena, viajando neste vale de lágrimas.
Agora, com a luz de Cristo, nosso irmão BUKA é guiado rumo à Igreja Triunfante, a casa do Pai, sua verdadeira morada, como cidadão do céu que sempre foi.
Da mesma forma, hoje, somos todos convidados a vencer a morte com Cristo, buscando a Justiça, a nossa salvação, lutando contra o mal, vencendo o medo diante da morte e aceitando-a como porta que nos conduz à ressurreição.
CIC 298
Resplandecer a luz a partir das trevas (Gn 1,3) é dar a luz àqueles que a desconhecem.
CIC 335
“In Paradisun deducente te angeli” para o paraíso te levem os anjos. Da infância até a morte a vida humana é cercada pela proteção angélica.
CIC 958
Comunhão dos falecidos: pensamento santo e salutar é rezar pelos defuntos para que lhes sejam perdoados os pecados (2Mc 12,46). Nossa oração ajuda o falecido e torna eficaz sua intercessão por nós. “Teaching is inseparable from learning” (The Art of Teaching). Ensinar é aprender, orar é receber. Do Credo nós proclamamos nossa fé na “comunhão dos santos” entre nós vivos ou peregrinos e ele defunto junto com os santos bem aventurados na presença de Deus.
CIC 1032
Nossa oração pelos defuntos seja como a de Judas Macabeu (2Mc 12,46): um sacrifício expiatório pelo falecido, como essas exéquias e as Santas Missas rezadas por sua alma imortal. Que o finado possa chegar à visão beatífica de Deus. Portanto, mais que as justas homenagens humanas, façamos por sua alma:
ESMOLAS,
INDULGÊNCIAS - São João Crisóstomo.
CIC 1354
Na Santa Missa; anamnese recorda-se a Paixão de Cristo pela nossa redenção;
Na intercessão, a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda Igreja:
- na Terra: nós, os vivos;
- no Céu, nossos irmãos falecidos.
CIC 1371
Fiéis defuntos morreram com Cristo e não estão, ainda, plenamente purificados para que possam entrar na Paz de Cristo.
Santa Mônica (mãe de Santo Agostinho):
“Enterrai este corpo onde quer que seja”! Não tenhais preocupação com ele! Tudo o que vos peço é que vos lembreis de mim no altar do Senhor, onde quer que estejais!
CIC 2300
Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade. O enterro, aceitando-se, a cremação, é obra de misericórdia corporal.
(ORAÇÃO DOS FIÉIS (p. 39), aspersão da água benta e ORAÇÃO FINAL).