“A prece do poeta em pedaços”
Senhor Todo-Poderoso eu já não consigo mais falar portanto vou esconder...
Ó Senhor por acaso nos abandonou? Ó Senhor por acaso nos deixou aqui para morrer? Tua palavra diz que o nosso socorro vem dos montes, eu vivo e moro em um e ainda assim me sinto só e abandonado e quanto mais eu estudo, quanto mais examino as fontes e evidências menos sentindo vejo em praticamente tudo em relação a ti e ao mundo; Tenho tantas dúvidas e questionamentos que me impedem de dormir, servi como um leal soldado e me tornei um exemplo, fiz tudo que me foi ordenando do céu... Mas será que as ordens vinham realmente do céu ? ou dos próprios devaneios?; Eu sempre quis ser um herói, entreguei minha luz a muita gente e enfim consegui ilumina-las porém são meus erros, minha luz que se apagou e me encontro no poço dos poetas mortos esperando a ajuda que espero por tanto tempo mas até hoje se mantém inerte, meu coração está doente graças a espera interminável de um socorro que talvez tenha chegado quando talvez eu já não mais olhava para os céus, não posso confiar no homem e muito menos na mulher; Coloquei minha esperança no Senhor mas olho em volta, olho para a história e vejo quantas vezes o Senhor pareceu estar alheio a acontecimentos como nossas cicatrizes a níveis inimagináveis... Estou cedendo aos meus desejos, intervenha ao meu favor ou então conclua o seu descaso por nós porém escolha intervir mestre.
“Esperamos o reforço, esperamos pelo resgate, esperamos pela luz mas no final de tudo a guerra nos engoliu e quando o relógio parou... O reforço não veio.” – Caio Souza Alves