Pai...que eu aprenda
Pai...
Que eu aprenda a nascer e morrer todos os dias
Que eu aprenda a hora certa de plantar e de colher
E mais ainda, o fundamental, qual a melhor semente semear
Para que a colheita seja de bons frutos
Que a sombra seja da árvore dos justos
Pai...
Que eu aprenda com a natureza a necessidade das estações
Que é preciso perder as folhas para que outras me vistam depois
Como forma de perceber a perfeição da sua Lei
De constante transformação
De constante renovação
Pai...
Que eu aprenda com a tempestade que tudo devasta
Que tudo derruba e arrasta
Mas que é como um desabafo dos céus acinzentado
Dolorido pelo o esgotamento dos tempos sombrios
Mas que depois tudo renova trazendo novos ares
Pai...
Que eu aprenda com a dureza fria e salgada das lágrimas
Que é preciso a dor pra para poder crescer
E reconhecer os passos que foram dados
E aos poucos selecionar os caminhos
Onde realmente compensa pisar