ORAÇÃO ATRAVESSADA (Série Ode Em Casa) ROBERTA LESSA
Tempo...
Tempo...
Tempo...
É o Senhor "Deus" do universo,
o céu e a terra proclamam vossas horas
- Louvemos nos segundos
Bendito é o nome daquele que domina o nome do Senhor.
-Louvemos nos segundos
Tempo...
Tempo...
Tempo...
É o Senhor "Deus" do universo,
o céu e a terra proclamam vossas horas
- Louvemos nos segundos
Bendito é o nome daquele que domina o nome do Senhor.
-Louvemos nos segundos
NOTE BEM: Nesta humanidade desumana e sem tempo, perdemos noções, percepções e informações que nos preservariam enquanto seres humanos em evolução e aprendizado (RL)
UM POUCO DO CANTO DO SANCTUM
" (...) o Sanctus - Santo, é das partes mais antigas incorporadas à Missa. Segundo São Clemente de Roma (+95), já era cantado no primeiro século. Ele faz parte da Oração Eucarística e está no centro da grande ação de graças, sendo a aclamação mais importante. Conclui o diálogo introdutório e o prefácio, quando o presidente da Celebração convoca toda a assembleia para unir suas vozes humanas às dos anjos e santos, que não cessam de cantar ao Deus que é Santo. O prefácio é cantado pelo presidente; o Santo é cantado por toda a assembleia.
O Santo é um hino-aclamação: hino solene e aclamação jubilosa, expressão vibrante de alegria, quase como um grito intraduzível, como se o céu se abrisse, permitindo-nos vislumbrar a glória do Senhor e participar do coro dos serafins, feito de sons inefáveis, no seu perene louvor ao Deus três vezes santo. Nesta solene aclamação, todo o universo cósmico e angélico, os santos do céu e a Igreja da terra unem suas vozes, num grande concerto, para aclamar a santidade de Deus. Clima de festa e júbilo, o céu como que invade a terra, e esta sobe ao céu, formando o cântico da unidade. Eis o texto, totalmente bíblico - espécie de poesia lírica - usado na liturgia da Missa, constituindo, portanto, um canto ritual, em que se canta A liturgia:
Santo, Santo, Santo! (Ex 3,1-6 - Moisés diante da glória do Senhor, pisando o solo sagrado, santo) Senhor, Deus do Universo! (Is 6,3 - visão de Isaías no Templo; Ap 4,8 - a liturgia celeste) O céu e a terra proclamam a vossa glória. (Is 6,3 - o canto dos serafins, unindo céu e terra) Hosana nas alturas! (Mt 21,9; Mc 11,10 - entrada de Jesus em Jerusalém) Bendito O que vem em nome do Senhor! (Sl 118,26; Mt 21,9; Mc 11,9; Lc 19,28) Bênção pronunciada sobre o peregrino; título messiânico, no Novo Testamento) Hosana nas alturas! (Mt 21,9; Mc 11,10 . Hosana = "Dá a salvação!" Aclamação de alegria)
Por isso, não condiz com o clima festivo do momento ritual cantar sem entusiasmo, com vozes fracas, uma melodia que não convença nem traduza a riqueza bíblica do texto, que é aclamação jubilosa, alegria incontida, o cântico do céu, por isso deve revestir-se de uma música forte, vibrante, plena... O texto de Isaías diz que o canto do Santo, na voz dos arcanjos e serafins, fazia estremecer até os gonzos do Templo. (A Missa da Comunidade Cristã", de Lucien Deiss, Editorial Perpétuo Socorro, Porto - Portugal, 1998, p. 84). Aliás, diz o mesmo autor que, "se a comunidade não cantasse senão um cântico, este deveria ser o Sanctus. Também não condiz com o momento grandioso do Santo que seja cantado por apenas uma voz ou pequeno grupo de cantores, e sim, deve ter a participação cantada de toda a assembleia.
O livro do Apocalipse nos apresenta o Sanctus como aclamação da liturgia celeste: "Dia e noite os anjos não cessam de repetir: Santo, Santo, Santo! Senhor Deus do universo. Aquele que era, que é e que há de vir". (Ap 4,8). Assim, o clima deste hino-aclamação deve ser festivo, grandioso e pleno de júbilo, como que antecipando o canto do céu.
Muito importante saber que, por ser um texto bíblico, doxológico e de conteúdo denso, não deve ser alterado ou substituído por outras versões, ou paráfrases, às vezes tão livres e distantes, que já não correspondem à aclamação bíblica original. Quanto mais fiéis os compositores forem ao texto original, tanto mais litúrgico e adequado para ser cantado na celebração. "É necessário que as próprias crianças aprendam a cantar ou a dizer o 'Santo'". (Mauro Serrano Díaz - "Manual de Liturgia II" - sobre a celebração do Mistério Pascal - Paulus 2005, à pág. 285).
Há uma versão muito cantada nas nossas igrejas: "Santo, santo é, Santo, santo é Deus do universo, o Senhor Javé...", que deve ser evitada, por dois motivos: além de acentuar duas vezes o verbo "É", que não faz parte do texto do Santo, dando-lhe outro significado; contém a palavra "Javé", expressão "da infinita grandeza e majestade de Deus", que no Antigo Testamento se manteve impronunciável e por isso foi substituída na leitura das Sagradas Escrituras com o uso da palavra alternativa "Adonai", que significa "Senhor". O pedido a que não se use o termo "Javé" nas liturgias, orações e cantos, é da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Que ao cantar o Santo, os nossos corações exultem de alegria, unidos numa só voz, formando um festivo coro, proclamando a glória de Deus, que merece todo o nosso louvor!
FONTE:
Ir. Miria Kolling (Religiosa da Congregação do Imaculado Coração de Maria, compositora da música litúrgica e religiosa, musicista, pedagoga, gravou mais de 30 trabalhos em LPs e CDs, como também livros sobre canto e liturgia)
" (...) o Sanctus - Santo, é das partes mais antigas incorporadas à Missa. Segundo São Clemente de Roma (+95), já era cantado no primeiro século. Ele faz parte da Oração Eucarística e está no centro da grande ação de graças, sendo a aclamação mais importante. Conclui o diálogo introdutório e o prefácio, quando o presidente da Celebração convoca toda a assembleia para unir suas vozes humanas às dos anjos e santos, que não cessam de cantar ao Deus que é Santo. O prefácio é cantado pelo presidente; o Santo é cantado por toda a assembleia.
O Santo é um hino-aclamação: hino solene e aclamação jubilosa, expressão vibrante de alegria, quase como um grito intraduzível, como se o céu se abrisse, permitindo-nos vislumbrar a glória do Senhor e participar do coro dos serafins, feito de sons inefáveis, no seu perene louvor ao Deus três vezes santo. Nesta solene aclamação, todo o universo cósmico e angélico, os santos do céu e a Igreja da terra unem suas vozes, num grande concerto, para aclamar a santidade de Deus. Clima de festa e júbilo, o céu como que invade a terra, e esta sobe ao céu, formando o cântico da unidade. Eis o texto, totalmente bíblico - espécie de poesia lírica - usado na liturgia da Missa, constituindo, portanto, um canto ritual, em que se canta A liturgia:
Santo, Santo, Santo! (Ex 3,1-6 - Moisés diante da glória do Senhor, pisando o solo sagrado, santo) Senhor, Deus do Universo! (Is 6,3 - visão de Isaías no Templo; Ap 4,8 - a liturgia celeste) O céu e a terra proclamam a vossa glória. (Is 6,3 - o canto dos serafins, unindo céu e terra) Hosana nas alturas! (Mt 21,9; Mc 11,10 - entrada de Jesus em Jerusalém) Bendito O que vem em nome do Senhor! (Sl 118,26; Mt 21,9; Mc 11,9; Lc 19,28) Bênção pronunciada sobre o peregrino; título messiânico, no Novo Testamento) Hosana nas alturas! (Mt 21,9; Mc 11,10 . Hosana = "Dá a salvação!" Aclamação de alegria)
Por isso, não condiz com o clima festivo do momento ritual cantar sem entusiasmo, com vozes fracas, uma melodia que não convença nem traduza a riqueza bíblica do texto, que é aclamação jubilosa, alegria incontida, o cântico do céu, por isso deve revestir-se de uma música forte, vibrante, plena... O texto de Isaías diz que o canto do Santo, na voz dos arcanjos e serafins, fazia estremecer até os gonzos do Templo. (A Missa da Comunidade Cristã", de Lucien Deiss, Editorial Perpétuo Socorro, Porto - Portugal, 1998, p. 84). Aliás, diz o mesmo autor que, "se a comunidade não cantasse senão um cântico, este deveria ser o Sanctus. Também não condiz com o momento grandioso do Santo que seja cantado por apenas uma voz ou pequeno grupo de cantores, e sim, deve ter a participação cantada de toda a assembleia.
O livro do Apocalipse nos apresenta o Sanctus como aclamação da liturgia celeste: "Dia e noite os anjos não cessam de repetir: Santo, Santo, Santo! Senhor Deus do universo. Aquele que era, que é e que há de vir". (Ap 4,8). Assim, o clima deste hino-aclamação deve ser festivo, grandioso e pleno de júbilo, como que antecipando o canto do céu.
Muito importante saber que, por ser um texto bíblico, doxológico e de conteúdo denso, não deve ser alterado ou substituído por outras versões, ou paráfrases, às vezes tão livres e distantes, que já não correspondem à aclamação bíblica original. Quanto mais fiéis os compositores forem ao texto original, tanto mais litúrgico e adequado para ser cantado na celebração. "É necessário que as próprias crianças aprendam a cantar ou a dizer o 'Santo'". (Mauro Serrano Díaz - "Manual de Liturgia II" - sobre a celebração do Mistério Pascal - Paulus 2005, à pág. 285).
Há uma versão muito cantada nas nossas igrejas: "Santo, santo é, Santo, santo é Deus do universo, o Senhor Javé...", que deve ser evitada, por dois motivos: além de acentuar duas vezes o verbo "É", que não faz parte do texto do Santo, dando-lhe outro significado; contém a palavra "Javé", expressão "da infinita grandeza e majestade de Deus", que no Antigo Testamento se manteve impronunciável e por isso foi substituída na leitura das Sagradas Escrituras com o uso da palavra alternativa "Adonai", que significa "Senhor". O pedido a que não se use o termo "Javé" nas liturgias, orações e cantos, é da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Que ao cantar o Santo, os nossos corações exultem de alegria, unidos numa só voz, formando um festivo coro, proclamando a glória de Deus, que merece todo o nosso louvor!
FONTE:
Ir. Miria Kolling (Religiosa da Congregação do Imaculado Coração de Maria, compositora da música litúrgica e religiosa, musicista, pedagoga, gravou mais de 30 trabalhos em LPs e CDs, como também livros sobre canto e liturgia)