Oh! Deus de infinita bondade
Oh! Deus de infinita bondade,
ensina-me a fazer uma simples prece
e faça-me conhecer a verdadeira caridade
antes que de vez, minha vista escurece.
O porque? Só lembro-me de te oh! Deus,
quando percorre pelo meu corpo a dor?
Pedindo a Ti, para aliviar os tormentos meus,
se jamais o Vi com os meus olhos do amor.
Quantas vezes a injúria eu joguei,
àqueles que me faziam qualquer mal,
foi nessas horas que mais eu pequei,
esquecendo-me, que éramos um igual.
Ainda me lembro da montanha, o sermão,
mas cego, nunca o levei muito a sério,
agora vivo pedindo alívio ao coração,
coração esse que já não mais faz o que quero.
Quero alívio, sem nada ter um dia feito,
até minhas pobres preces eram embaralhadas,
quando orava, nunca orava com a fé de direito,
o porque agora rogo a Ti, perdão às minhas trapalhadas?
Pai de amor e infinita bondade,
quero muito aprender, mas agora sem cinismo,
o que é realmente orar e fazer uma boa caridade,
e não como por vazes com a bondade ainda cismo.
Ah! Glorioso e amantíssimo Pai,
estou a pedir, mas não mereço o teu perdão,
mas se puder, abençoa esse meu pequeno ai,
que hoje está saindo com força e sinceridade do meu coração.
Sei que tenho ainda muito o que pagar,
pelas faltas, pela ignorância, enquanto encarnado,
mas sei também que posso ainda muito amar,
a esse meu irmão, que um dia deixei do coração abandonado.