TREZENA DE SANTO ANTONIO - Oitava terça-feira

Inteligência preclara, engenho fora do comum e com uma ciência, ou ilustração superior a dos seus contemporâneos, Santo Antonio constituiu a admiração das mais insignes individualidades pela singeleza e modéstia, senão ingenuidade, que demonstrou. Inimigo da duplicidade que é a prudência humana, possuía a virtude de aliar em tudo, a singeleza da palavra à maior discrição, tanto assim que conseguiu vencer a arrogância, até ali invencível, de Ezelino Romano.       

ORAÇÃO
Oh! Prudentíssimo Santo Antonio, cuja vida foi inteiramente conforme à luz divina da fé, inalterável a qualquer influência do mundo, alcançai-me as duas virtudes de que mais careço: a simplicidade da pomba, para seguir humilde e dócil os caminhos de Deus; e a prudência da serpente; a fim de que, como este animal. nos perigos salvaguarda a cabeça nas tentações constantes, eu consiga pôr a salvo o tesouro mais precioso que é a minha fé. Espero, pois, que me alcanceis a graça que vos peço.
(Pai Nosso, Ave-Maria e Glória)

EXEMPLO:
A pobre menina Madalena Saillant, de honesta família de industriais de Fresnay-sur-Sarthe, jazia no leito, vítima de cruel enfermidade, baldados todos os remédios, cuidados e sacrifícios. Sua mãe, perdida a esperança, dirigiu-se ao céu, fazendo com que, nos mais conhecidos santuários, rezassem pela saúde da menina. Como Deus reservasse ao Santo de Pádua a obra do restabelecimento da menina, teve ela a notícia da devoção do Pão dos Pobres, e logo fez o pedido e a promessa da esmola. Alguns dias após, com admiração dos médicos, a pequena enferma levantou-se, curada.