Oração de todos

Perdoai-me...

Pelo bom dia que não lhe dei,

até uma boa noite,

eu esqueci... perdoe-me.

Perdoai-me...

Pelo brinde não realizado

Pela música não ouvida

E, pela não despedida,

perdoe-me.

Perdoai-me...

Por eu não apreciar a natureza,

que todo dia me desperta

com seu coral de pássaros

cantarolando,

me alegrando... perdoe-me.

Perdoe-me...

Se o perfume da flor eu não

senti,

Se do Sol e da Lua me

esqueci; perdoe-me.

Perdoai-me...

Por todas às vezes que fui

tão egoísta, nem um pouco altruísta,

pensando apenas em mim,

então, perdão.

Perdoai-me...

Pelos dias que passei pelas ruas,

e vi pessoas nuas, cujos olhos falavam,

tristes... nem brilhavam, pois

careciam de comer, de beber,

de vestir. Os seus olhares suplicantes

por um gesto de compaixão,

e eu, fingi não ver, que aquele olhar:

era de um irmão.

Perdoai-me...

Por discursar sobre o amor,

e ao longo da vida

loucamente persegui-lo,

contudo, sem de fato

conhecê-lo.

Perdoai-me...

Porquanto, essa neurótica

busca pela feli (cidade),

Tornou-me ignorante,

me fez esquecer

quem sou.

Perdoai-me...

Essa é a oração de todos nós,

que seja sincera como

uma criança,

feita com fé e esperança.

Seja Poesia...

Seja um mar de amar.

E que nossas vidas sejam:

um Orar sem cessar...

Amém.

Dilo Ormund
Enviado por Dilo Ormund em 11/11/2016
Código do texto: T5820270
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