À Beira Do Abismo
Quebranta-me, ó Senhor;
Faça-me voltar ao primeiro amor,
Se é que assim, cheguei a amar...,
Para, então, ousar falar.
Tô me sentindo distante;
Tão morno e inconstante...,
Mas não quero da tua glória ser exilado,
Nem da tua boca ser vomitado!
Reduzo o meu corpo a servidão,
E o meu ego abaixo do chão...,
Para ouvir de novo a tua voz,
E ter contigo, um momento a sós.
Afastei-me sem perceber...,
E à beira do abismo me dei falta de Você;
Com a minha vida por um fio...
Congelado, insensível e vazio.
Fui atraído à morte sem notar,
Entregue a própria sorte, sem saber voltar.
Com o entendimento deturpado e engodado;
Não vendo a frente, o alto preço do pecado!
Ó Senhor! Ouça a voz do meu clamor;
Que minha oração alcance teu favor,
Não por merecer, nem para me envaidecer;
Mas para ser uma prova viva do teu poder!
REFERÊNCIA POÉTICA:
Sl 116:3
Cordéis da morte me cercaram..