À Beira Do Abismo

Quebranta-me, ó Senhor;

Faça-me voltar ao primeiro amor,

Se é que assim, cheguei a amar...,

Para, então, ousar falar.

Tô me sentindo distante;

Tão morno e inconstante...,

Mas não quero da tua glória ser exilado,

Nem da tua boca ser vomitado!

Reduzo o meu corpo a servidão,

E o meu ego abaixo do chão...,

Para ouvir de novo a tua voz,

E ter contigo, um momento a sós.

Afastei-me sem perceber...,

E à beira do abismo me dei falta de Você;

Com a minha vida por um fio...

Congelado, insensível e vazio.

Fui atraído à morte sem notar,

Entregue a própria sorte, sem saber voltar.

Com o entendimento deturpado e engodado;

Não vendo a frente, o alto preço do pecado!

Ó Senhor! Ouça a voz do meu clamor;

Que minha oração alcance teu favor,

Não por merecer, nem para me envaidecer;

Mas para ser uma prova viva do teu poder!

REFERÊNCIA POÉTICA:

Sl 116:3

Cordéis da morte me cercaram..

Guilherme Pereira
Enviado por Guilherme Pereira em 25/07/2007
Código do texto: T578975