Se estivesse na formatura de Ribeiros, assim seria minha oração

Belém, 10 de setembro de 2016.

Passo assim um testemunho.

Testemunho de gente que se recusa a ser ribeirinho, inho, inho, pequenininho, coitadinho.

É pessoa forte, do Norte, dono de sua sorte.

E certeiro lhes homenageio ser antes de tudo, Ribeiros.

Corajosos e corajosas contra as difíceis condições e contrários às opiniões de incerteza se estariam ou não se formando no final.

Se seriam técnicos.

Se seriam cidadãos mais críticos de sua região e da globalização que os cerca.

Só que sim! Se formaram técnic@s agropecuári@s no dia 09 de setembro de 2016.

Porém, já eram formados.

Capacitados na vida dura de serem agroextrativistas.

No despeito que este Brasil despeja sobre nossa Amazônia.

Que bom mais gente para dizer que não somos quintal.

Mais pessoas para testemunhar que a alma existe, quem dá a pista é a coragem.

Soma da luta e da fé de um outro mundo possível.

Da tapioca pensante, do açaí nutriente.

Da terra nativa pra mente ativa.

Da senhora experiente que agora é técnica, por que não teria tal direito?

Dos humildes rapazes que agora também são técnicos, por que não seriam?

Do levante das mulheres mais cientes e confiantes de si mesmas, eu nunca duvidei.

Às vezes o país duvida.

Pobre país.

Se Amazonizasse um tiquito mais, talvez achasse um pouco da sabedoria que tanto precisa.

A sabedoria de quem é terra, rio, igarapé, mata, dia e noite numa só misturada.

Como estes que se formaram.

A Redenção dos que teimam.

E vencem.