NÃO SOUBE REZAR
NÃO SOUBE REZAR - João Nunes Ventura-05/2016
Amado sertão
Povo sofrido,
Terra brejeira
Cheiro querido.
Linda montanha
Belo morro,
Luz do horizonte
Azul formoso.
Oh! Seca terrível
Sol que aquece,
O filho nativo
No solo padece.
O tempo passa
Amargo desgosto,
Na face o suor
Resvala no rosto.
Marca do tempo
Tudo acabou,
A água da fonte
Há muito secou.
A seca devasta
Plantas do chão,
Última esperança
Chora coração.
O gado doente
Carrega a cruz,
Fim do caminho
Apaga-se a luz.
Então me pergunto
Como posso viver,
Onde eu pequei
O que devo fazer.
Oh! Deus do sertão
Do nosso penar,
Perdoe esse pobre
Não soube rezar