Dízimo com quem andas...

A nova vem de Pitangui, MG, a Velha Serrana das tradições seculares, onde o pastoreio das almas vem sendo conduzido de forma fremente, diligente e a Deus temente. Ou até mente?

A ação católica, associada à fundação do burgo, coisa de 3 séculos atrás, vem-se expandindo, recriando e realizando, mas são as seitas evangélicas as que com mais vigor proliferam, inovam e se regeneram.

Recentemente ouvi a história de um pastor que prometeu ressuscitar um fazendeiro, desaparecido há quase quinze anos. A potencial beneficiária da causa, irmã do falecido vem dando mostras de fé e de robustez financeira no investimento. Já teria pago em espécie e em cabeças de gado algumas dezenas de milhares de reais. E o pastor, segue orando e obrando, sem contudo prometer uma data exata para o reencontro fraternal.

Na hipótese mais remota, suponho eu, se não trouxer o irmão de volta à terra, ainda acaba, ao cabo do tempo, levando a irmã saudosa ao seu encontro. E aí, o invés de cidade, fá-lo-á na eternidade.

Já um outro líder pastoral vem acenando junto à ala crente feminina

com a possibilidade da invisibilidade para as visitas mais frequentes ao templo e, consequentemente, o fim do assédio - que não sei aí se é grande, se pequeno, ou se médio. A manobra tem um custo, adverte o pastor, mas é tiro e queda, proclama, vencedor. As beneficiárias desse programa só faltam contrapropor ao criativo pastor a extensão da invisibilidade à contribuição do dízimo, mas enquanto a ousadia não vem, chegam até a brincar de pique, em seus folguedos, enquanto a patroa não vem...

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 23/09/2015
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